Foi
a mágica do bambu que nos fez começar a fazer tambores.Bambu
se colhe nos meses sem R. E na lua minguante, pra não ter
muita seiva. A seiva do bambu tem amido, que os bichinhos
adoram comer. Já perdi assim vários tambores, devorados
pela broca.
Fui
pesquisando e soube que, na Índia, eles fervem os bambus
numa infusão forte de chá e o sabor amargo afasta a broca.
Já no Nordeste do Brasil fazem a fervura com água do mar.
Passei
a ferver meus bambus num panelão de água e sal grosso, descobri
que a madeira fica muito mais rija depois de fervida. E
o som melhorava.
No
começo, quem fazia os tambores era o Luiz Fernando Borges.
Eu e Lucina os utilizávamos em shows e discos. Montamos
um grupo de tambores em semi círculo, de vários tamanhos,
resultando diferentes timbres, que tocávamos como uma proto-escala
em arranjos vocais e percussivos, muito pessoais.
Depois
da morte de Luiz assumi os Tambores de Luz, aperfeiçoei
a técnica de construção e passei a usar materiais que exigem
menos esforço físico e com maior potencial em cores e texturas.
Abandonei
as cordas de sisal e passei a usar cordas de seda, que existem
em muitas cores, com alta resistência e fáceis de manejar.
Faço tambores de dois timbres, bongôs de diversos tamanhos.
E também trítons, quatrons, pentatons, até chegar na bambala,
que são sete pequenos tambores de tamanhos diferentes amarrados
em círculo, resultando sonoramente numa escala primitiva.
Passei
a utiliza materiais urbanos, tubos de PVC de vários diâmetros.
O PVC tem excelente sonoridade, resistência, leveza e é
fácil de cortar e lixar. Encapados com pano grosso ou enrolados
com cordas, ficam muito bonitos. A fórmica serve para fazer
o corpo de tambores de timbre grave, que devem ter a boca
maior do que a abertura inferior. Por dentro reforço com
círculos de arame presos com Durepox, por fora forro com
pano grosso ou enrolo com cordas de seda. O resultado é
um tambor leve e resistente, belo e singular, com timbre
grave e fácil de manejar. Vou aqui mostrar alguns desses
tambores pra vocês.
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seu tambor pessoal. Será feito da cor que quiser, do tamanho
e do timbre que escolher. E ganhe um amigo para toda a vida.
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Tambores
de Luz
Tocar um tambor é um ato mágico.
É falar sem dizer através de uma linguagem
que é de todos nós.
É deixar sair o coração pelos dedos.
É estar em sintonia com as forças
que nos atraem para o alto
e com a gravidade que nos puxa para o chão.
É transformar energias destrutivas em ritmos,
compartilhar alegrias, ser um só na celebração.
PRINCIPAIS
EXPOSIÇÕES DE TAMBORES DE LUZ
1998 - Centro Cultural KWA, S. Paulo
Cento
e cinqüenta tambores diversos, bongôs, bambalas, chocalhos
e outros instrumentos experimentais de bambu, metal e cerâmica.
Fórum
de Folclore da Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro
Sessenta peças de bambu, fórmica e PVC.
SESC
Barra Mansa
SESC Três Rios
SESC Madureira
SESC Ramos
Museu
da Imagem e do Som, Rio de Janeiro
90 peças de bambu, fórmica e PVC, reciclagem, e peças étnicas.
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