ESCULTURA
(Luhli)
Na estrada de tuas curvas vou
Plasmando em teu corpo a medida exata do amor
A estrada bem cedo me levou
Prazeres e dores forjaram o que hoje eu sou
Nas linhas da mão pelas curvas. a faca procura a beleza no traço
Madeira virando escultura na ponta do aço
Na forma escavada a leveza, no passo a certeza, a inteireza no espaço
As curvas da estrada que levam para o teu abraço
Mão que lava a outra, que planta o futurio no chão
Mão, flor de carne, com poder de vida e morte
Faz o corte, tira a sorte, conjura o condão
Que bate palmas e toca sanfona, consola na viola, repica o carrilhão
Mão que desbrava, que escava, abre as portas do meu coração
Ficha
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